Com o advento da sociedade industrial, o consumismo e o desenvolvimento tecnológico, 25% de todo o lixo descartado, principalmente nas grandes cidades, são potencialmente reutilizáveis. Um número impressionante, muitas vezes suportados pela necessidade do ‘novo’, do ‘upgrade’.
Uma infinidade de aparelhos eletrônicos (operacionais), peças de madeira, metais, materiais sintéticos, rejeitos da indústria de transformação, fios elétricos, materiais cerâmicos, que em uma visão racional e antes de tudo, criativa, poderia beneficiar o surgimento, por que não, de novas atividades econômicas, baseadas na continuidade do aproveitamento da matéria, onde hoje muitas atividade interrompem seu ciclo de utilização, ou seja, tornam-se lixo. Quem sofre é o nosso planeta.
Reutilizar, com pouco ou nenhuma transformação, evita a repetição de ciclos de produção, que em muitos casos, podem ser mais danosos à natureza, que a produção primária daquele material.
Dar continuidade produtiva à vida útil das materiais, transformando-os ou não, é uma forma racional de estender o ciclo de vida dos mesmos, evitando o extrativismo exagerado e criando uma economia sustentável, tanto do ponto ecológico, como do ponto de vista econômico, já que os custos de estocagem e destinação se tornam partilhados, ou mesmo, totalmente assumidos por aqueles que tenham interesse nos materiais hora rejeitados, possibilitando um intercâmbio virtuoso entre pessoas e/ou entidades produtivas.